Ultimas

6/recent/ticker-posts

FIAT MOSTRA ÚLTIMO MILLE PRODUZIDO NO BRASIL

DESPEDIDA: A ÚLTIMA UNIDADE DO FIAT MILLE FABRICADA NO PAÍS (FOTO: DIVULGAÇÃO)

A Fiat divulgou hoje a imagem da última unidade produzida do Mille, modelo que estava há 30 anos no mercado brasileiro. O compacto sai de linha por conta das novas leis que exigem freios ABS e sistema de airbag em todos os carros produzidos no país - regra que o Mille não é capaz de cumprir. Ao todo, foram mais de 3,7 milhões de unidades fabricadas no Brasil desde seu lançamento, em 1984. Nascido como uma versão 1.0 do Fiat Uno, o compacto marcou seu lugar na história da indústria nacional ao dar início ao segmento dos populares de motores até 1.000 cm3.
O último Mille produzido faz parte da série limitada Grazie Mille, criada pela Fiat para a despedida do compacto. Com apenas 2 mil unidades produzidas, a série começou a ser vendida no início de dezembro por R$ 31 mil. A linha conta com um acabamento exclusivo e traz itens até então ausentes no pequeno compacto, como ar-condicionado, rodas de liga-leve de 13 polegadas e faróis de máscara negra. A lista de equipamentos conta ainda com rádio com entrada USB, viva-voz e Bluetooth, direção hidráulica, vidros e travas elétricas, desembaçador e limpador do vidro traseiro. Visualmente, o Grazie Mille conta adesivos laterais personalizados e numeração das unidades grafadas no carro 
PRIMEIRO FIAT MILLE FOI LANÇADO EM 1984 (FOTO: DIVULGAÇÃO)

Lançado em 1984, O Uno foi criado para ser um substituto do popular Fiorino. O novato contava com motores 1.5 e 1.0 - na verdade, um 1.050 de 52 cv e 7,8 kgfm. O “botinha ortopédica” foi considerado um carro com “desempenho surpreendente para motor 1.0” em sua primeira avaliação na revista Autoesporte da época. A nomenclatura "Mille" só ganhou terreno em 1990, quando foi lançado a versão best-seller Uno Mille, apenas três meses após decisão do governo Collor em reduzir de 40% para 20% o valor do IPI para modelos de até 1 litro. O Uno Mille vinha com motor de apenas 48,5 cv (era uma redução do antigo 1.050) e não ultrapassava os 135 km/h de velocidade máxima. Nos anos 90 o Uno se consolidou como o carro mais barato do Brasil. Em 91, ganhou uma reestilização frontal passando a exibir faróis e grade mais finos. Três anos depois, a Fiat lançou a versão de “luxo” ELX – que vinha com ar-condicionado de série. Em 1996, com a chegada do Palio, era esperada uma substituição do veterano pelo novato. Mas o preço mais alto e as boas vendas do Uno impediram que a meta se concretizasse.
EM 2004, O MILLE PASSOU POR RETOQUES VISUAIS E ABANDONOU O NOME UNO (FOTO: FIAT)
Bom de venda o Uno chegou aos ano 2000 sem perspectiva de aposentadoria. Em 2004 a Fiat promoveu mudanças em seu desenho: grade, faróis e lanternas foram trocados. Algum tempo depois, veio a versão Economy, com pneus de baixo atrito e um econômetro do painel. No teste publicado na edição de abril de 2009 de Autoesporte, o Uno fez 9,6 km/l e 13 km/l com álcool – número imbatível em seu segmento. “Quem compra Mille não está atrás de modernidade, desempenho ou status. O público procura gastar o mínimo possível no momento de abastecer. E aí está o trunfo do Mille”, afirmou a publicação. A nova geração veio em 2010. Chamada de Novo Uno - para diferenciar do básico Mille -, o modelo chegou com motores 1.0 Evo e Fire 1.4, ambos flex e já preparado para receber ABS e airbag, que seriam exigidos a partir de 2014. A nova versão conquistou sucesso no mercado e conseguiu manter o nível de vendas da veterana, mas com números de ainda somados ao Mille trintão. Em 2013, foram mais de 187 mil unidades emplacadas para ambos os modelos - a segunda colocação em vendas no ano.
fonte: Autoesporte

Postar um comentário

0 Comentários